Tem um projeto de lei para ser votado no Congresso brasileiro que objetiva modernizar o licenciamento de novas substâncias destinadas à defesa fito-sanitária, proposto pelo atual ministro da Agricultura no tempo em que era senador pelo Mato Grosso.
O ministro Blairo Maggi deve ser um dos maiores produtores de soja do mundo, se não for o maior. Certamente, como grande produtor de grãos, deve entender muito mais de agricultura do que os ativistas do Green Peace, do WWW Fund, do SOS Mata Atlântica e também dos atores da Globo.
No entanto, o seu projeto tem sido chamado de Projeto do Veneno, capaz de liberar todos os "agrotóxicos" existentes nos arsenais da Monsanto, da Bayer, da Basf, da Syngenta, da Du Pont e outras menos cotadas.
O tal projeto do veneno postula tão somente agilizar o licenciamento de novas moléculas empregadas nos defensivos com mais rapidez pela Anvisa.
Explico: a tal agência reguladora, de nome Agência Nacional de Vigilância Sanitária, totalmente aparelhada nos governos petistas, leva até dez anos para liberar novas substâncias. Quando liberam, o produto já está defasado e o Brasil acaba perdendo o bonde da história para concorrentes mais rápidos na análise.
O ex-senador e hoje ministro propõe que a partir de um ano de demora na análise do produto na Anvisa, será concedida uma licença provisória, desde que a substância tenha sido aprovada pelo FDA - Food and Drug Administration e pelas suas congêneres europeias. Nada mais justo. Se a substância não fizer mal para os ricos do hemisfério norte, certamente não o fará para os pobres da banda sul do mundo.
O Brasil detém hoje, graças ao espírito pioneiro de Alysson Paulinelli e dos pesquisadores da Embrapa a melhor tecnologia para cultivo em áreas tropicais. Podemos dizer, sem medo de erro que a agricultura convencional em nossa terra se apresenta como o "estado da arte", se comparada com outras países. Temos a melhor produtividade mundial e exploramos apenas oito por cento do nosso território com o cultivo agrícola.
No entanto, idiotas pseudo-ambientalistas, artistas da Globo e cineastas que vivem da gigolagem do governo e da Lei Rouanet, se esmeram em manifestações, sobretudo se forem feitas em tapetes vermelhos de festivais de cinema internacionais.
Quanto a soja Maradona, era o apelido dado às sementes de soja transgênica contrabandeadas da Argentina e do Paraguai, no tempo em que as sementes da Monsanto não eram liberadas aqui. Quando a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) resolveu liberar a soja transgênica, a soja Maradona já dominava mais da metade das plantações nacionais.
Este é o País que vai pra frente!
Urtigão ( desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba/MG, em 1943.