Quatro semanas de jogos consecutivos nos deixaram entorpecidos, inertes diante da televisão, submetidos aos chutes e ponta-pés dos deuses do futebol.
Uma Copa bem organizada e repleta de jogadas em estádios monumentais transformou-se em modelo de como o esporte deve caminhar a partir de agora.
Em outras Copas também surgiram novos atletas transformados em deuses, assim como acontece nas Olimpíadas ao longo do tempo.
E o jogo final gerou uma consagração do esporte na era moderna, embora a invenção do VAR para dirimir dúvidas em lances complicados nem sempre confirmou a verdade sobre determinados lances.
O futebol é um esporte das multidões certamente por causa das polêmicas que gera entre torcedores, narradores e autoridades esportivas. Aliás essa pitada de incerteza é o que o fará sempre admirado.
O jogo decisivo que apontou a França como vencedora nos remetou à emoção que sentimos toda vez que nosso time do coração chega a uma decisão mesmo no campeonato regional.
Na Rússia nossa seleção não honrou o hino de Miguel Gustavo que dizia: “de repente/ é aquela corrente pra frente/ parece que todo o Brasil deu a mão/ todos ligados na mesma emoção…
Um sinal de que precisamos rever os conceitos atuais que levaram a seleção brasileira a um fracasso retumbante e parabéns à França e à Croácia que fizeram a final em grande estilo graças a talentos como Mbappé e Dogbá, sem esquecer do “maestro” croata Modric, exemplos do futebol moderno ao qual precisamos nos adaptar com urgência.
Mário Ribeiro