As vinhetas na televisão são maravilhosas, a organização perfeita, cada estádio mais bonito que o outro, mas para os mais exigentes o futebol praticado não é lá grande coisa.
Por isso, os jogos da Copa geraram certa desilusão ao torcedor quanto à qualidade esportiva: equipes demais e jogos que lembram o famoso “clássico Mé-Mé” quando se defrontavam no campeonato mineiro Metaluzina e Meridional, ambos não mais existentes.
A Copa reúne a nata de craques milionários, que conseguem colocar bilhões de seres humanos com os olhos postados na televisão. Nenhum outro esporte consegue tamanha façanha, nem se houvesse um jeito de reunir novamente craques do basquete como Magic Johnson e Michel Jordan.
Na Copa do Mundo na Rússia, o Brasil recorre a atletas que atuam no exterior, como acontece também com todas seleções: não há como escalar equipes apenas com atletas que atuam no país como forma de dar oportunidade aos novatos.
O mundo gira e a Lusitana roda, dizia slogan de uma transportadora. Afinal, a máquina não pode parar mesmo que sejam condenados os principais dirigentes da FIFA por estranhas trasações.
Nas decisões finais a coisa posw pegar fogo. Será?
A nação de chuteiras dita por Nélson Rodrigues não permitiria jogador pintando cabelo de louro e simulando faltas do adversário em ridículo espetáculo circense.
Nossos colonizadores portugueses recorriam à frase “viver é preciso, navegar não é preciso”.
O primeiro “preciso” refere-se não à necessidade mas à possibilidade. Quem sabe as duas aconteçam?
Mário Ribeiro