Há o enjôo das grávidas, mas pior é o enjôo de conversar com chatos de galocha e tanta rotina no dia-a-dia.
Preferível aceitar as conseqüências de tanta coisa em volta e deixar prá lá.
No mundo moderno é preciso escapar das chaturas rotineiras que sempre se repetem e nos atormentam.
Como se diz, em várias situações tem-se de ter fé e estômago para levar a vida em frente.
Como alcançar esse objetivo se estamos cercados pelas manifestações na internet, pelo irracionalismo de quase ninguém aceitar a realidade dos fatos ou discussões políticas cada vez mais arestosas a ponto de romper amizades de décadas?
A paciência pode ser uma solução eficiente porque, do contrário, vira confusão e provoca até a perda de convivência social.
Eis uma questão que atravessa séculos, para não dizer milênios, coisa própria do ser humano, das confusões decorrentes da atividade política, principalmente num país marcado pela obsessão de se querer tirar vantagem em tudo.
Não se refere aqui ao pessimismo explícito, mas de buscar um estímulo que contrabalance angústia com ânimo, verdade com meia-verdade, quase fracasso com quase sucesso. E tocar o barco com boa intenção e a verdade que temos no peito, pois o mundo não para de rodar. Mesmo que sempre exista alguém disposto a atrapalhar nossos sonhos.
Mário Ribeiro