Cada vez mais o telefone torna-se imprescindível no dia-a-dia, sejam os de casa, antes fixos e pretos como as asas da graúna e que talvez nem existam mais.
Agora os telefones são móveis, levados para qualquer lugar, até para salas de cinema, se é que estas continuam sendo freqüentadas.
Steve Jobs certamente não imaginou a confusão que o celular causaria, como ter de ouvir conversa dos outros nos ônibus e nas ruas.
A defesa que se faz do celular é exatamente isso: se não fosse o celular como seria possível localizar uma pessoa diante de algum problema sério em sua casa e ele andando na rua ou viajando?
A evolução não pede licença para entrar: ela nos pega à força onde estivermos. E cada vez mais será assim, queiramos ou não.
Ela quer nos levar para frente, tornando-nos mais atualizados para enfrentar problemas, sejam eles fáceis ou difíceis de serem resolvidos.
Em contraposição há o chamado “vício de uso”, seja ao atravessar a rua falando ao celular, seja no ônibus sem o cuidado para não falar alto e incomodar quem está sentado ao lado.
Não podemos criticar Steve Jobs ou Santos Dumont ao fazer seu precário avião voar em torno da Torre Eiffel.
Eles e muitos outros fizeram a civilização livre de dificuldades que existiam antes. Tecnologia não para no tempo nem a ignorância que atravanca o progresso, como diria Chico Anísio.
Compromisso com a verdade é que talvez seja impossível, principalmente pelos políticos.
Sempre foi assim e será para sempre.
Mário Ribeiro