Quase nunca é fácil também um país saber que rumo seguir.
Sempre foi assim.
Já passamos por muitas crises políticas ou econômicas mas a atual supera todas anteriores.
Desemprego altíssimo, empresas diversas correndo o perigo de não ter como escapar da falência, a política nacional em pandarecos, conflitos constantes entre adversários e até no futebol a coisa está feia no país que encantou o mundo em tantas Copas.
Não há nenhuma esperança de que apareça um novo Pelé ou um novo Garrincha, apesar dos altos investimentos dos clubes nas categorias de base.
O mesmo acontece no trânsito cada vez mais caótico nas cidades e no sistema rodoviário com estradas em pandarecos.
Na política, o caos se consolida às vésperas de nova eleição e fica distante a possibilidade de surgir um salvador da Pátria.
A disputa entre candidatos sai do discurso para a briga de faca como se estivéssemos em guerra civil.
Todos se acham donos da razão sobre tudo, mas incapazes de dar jeito num país rico em tantos aspectos embora perdido no emaranhado de problemas e desejos absurdos.
Os antigos recomendavam em situações assim o uso de bom senso e caldo de galinha, mas agora melhor talvez seja cantar algo belo como: “Vê, estão voltando as flores”.
Afinal, a primavera está aí.
Mário Ribeiro