Um dos maiores críticos do atraso de Portugal no século XIX foi o grande escritor Eça de Queiroz. Criticava sobretudo o domínio da Santa Madre Igreja sobre quase tudo na "Santa Terrinha".
De sua lavra, um dos maiores escritores da língua portuguesa entre outros, dois romances memoráveis. O primeiro deles, "O crime do Padre Amaro" é um marco. O segundo, de título "A Relíquia" traça um perfil de um maganão devasso, e gozador da vida, que se sacrifica ao extremo para provar sua devoção à fé católica, com vistas a gorda herança da tia beata. Vale a pena ler, não só pela crítica apurada, bem como pela escrita lapidar do Grande Eca. Um luxo.
O nariz de cera vale para entrar no assunto principal: Fernando Haddad Lula e a canalhada do PT. Há dois dias andam rondando a igreja católica e se apegando nas sotainas dos próceres da CNBB, no intuito de salvar do naufrágio a nau dos canalhas e dos insensatos.
Ainda nos anos sessenta do século passado, Nelson Rodrigues já denunciava os padres de passeata e os bispos
vermelhos comboiados por D. Helder Câmara e sua enorme cabeça, maior do que um jerimum.
Nada mudou em sessenta anos. Mulheres de pé sujo, pouca higiene e padres adeptos da Teologia da Libertação. Velhos discursos baseados em Marx e suas teorias anacrônicas, já de muito transportadas para a arqueologia do pensamento sociológico superado. Vivem ainda no tempo da Comuna de Paris e louvam o 1968, o ano que nunca existiu e tão ao gosto de um escritor brasileiro, o chamado ano que nunca acabou.
Não aprenderam nada com o passar do tempo. Aprenderam sim, cada vez mais a falsear a verdade, a falsear a história do Brasil, sempre dizendo loas a guerrilheiros de araque e lutadores de uma causa suja e pedestre.
Agora que perceberam que a derrota será muito maior do que imaginavam, esperneiam e adotam as cores do Brasil.
Abdicaram ao vermelho que sempre identificou os "bandalhos" dos companheiros.
Agarram nas sotainas e batinas, tal qual crianças na barra da saia das mães. A diferença é que saias de mãe sempre
foram um refúgio limpo e honesto. A maioria das sotainas em todo mundo estão manchadas de esperma despejado
em atos de abuso contra crianças e sobre beatas que aos padres dispensavam seus favores nos desvãos das sacristias. Por fim, não que quisessem.
Tiveram de renunciar ao Lula por perceber que a aversão maior é reservada ao maior sacripanta jamais produzido entre nós. Ele se retrai e pede ao seu mamulengo que não o visite mais em Curitiba. Não quer ter o seu nome atrelado a maior derrota já vista no Brasil pós 1988.
Pra frente, Capitão.
Urtigão (desde 1943)
Urtigão é pseudonimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba/MG, em 1943.