Depois da longa viagem que se iniciou nas margens do Rio Nilo, os guerreiros de Ramessés II entraram sem medo pela cidade de Qadesh.
O ano era 1274 AC e jovem faraó iniciava a mais importante batalha de seu longo reinado. Qadesh a principal rota de comércio do mundo antigo. No momento era controlada pelos Hittites. Conectava o comércio entre o leste e oeste. Anexar a região era um longo desejo do império egípcio.
Dentro do templo da cidade, o jovem Ramessés se sentiu tranquilo e sentou onipresente no trono de ouro. Sua entrada na cidade tinha acontecido sem resistência. Ramessés no trono deixava claro para todos que agora tinham um novo líder.
Porém manter a liderança não seria tarefa fácil para Ramessés II. Ele sabia que os Hittites estavam por perto. Só não imaginava que o civilização originária da região da Anatolia estava com suas tropas prontas para um ataque surpresa. Tudo não passava de uma estratégia para enganar Ramesses II.
Com mais de 40,000 homens, muitas charretes, lanças longas e flechas, os Hittites avistaram o acampamento egípcio na planície. O plano tinha funcionado. Tinham se escondidos atrás da colina às margens do rio. Quando foram descobertos pelos egípcios estavam em formação de ataque.
Do lado egípcio depois de meses de caminhada até Qadesh, as 4 divisões do “Rei dos Reis” tinham se separado durante a longa jornada. Devido a uma falha de comunicação 3/4 de suas tropas estavam dispersas por caminhos distintos. Sem proteção na retarguarda e com sérios problemas de logística, o exército de Ramessés II se viu emboscado e em menor número contra os muros da cidade. As projeções não indicavam um destino positivo.
Vendo as tropas inimigas a distância e sem reforços previstos. O Faraó olhou para o céu. Tentou imaginar o que seu Pai faria em situação similar. Ele não tinha mais muitas opções. O fim de seu reinado poderia terminar nas próximas horas.
Ramesses tinha que atacar. Enfrentar com 4,000 soldados os mais de 40,000 Hittites posicionados a sua frente.
Ainda dentro dos muros da cidade invadida e antes de descer do trono de ouro, ele rezou e pediu um milagre para o “Deus dos Guerreiros Egípcios”.
Mais de 3,000 depois, Keno “The Second, enfrentava na noite do Sábado passado o time do Atlético de Goiás. Esta batalha, apesar de menor, também seria épica.
Keno, agora o Rei de Ébano do Galo, incorporou a alma guerreira de seus antepassados do Egito. Vendo seu time e seus companheiros perdendo com um golaço do beque - zagueiro deles, não se abalou. Saiu para o intervalo correndo sem dar entrevista. Passou de passagem pelo repórter chato e entrou no vestiário se nada dizer.
Lá, sozinho, acuado, ajoelhou-se e viu sua alma conectar com o irmão espiritual que tinha liderado o povo egípcio na batalha de Qadesh.
Keno, levantou as mãos aos céus e rezou para SãoPaoli do Galo, falando: “Señor, necessito mi amigo Nathan para ganar essa peleya”.
A mensagem foi transmitida com ajuda do espírito de Rá, mas a Esfinge Argentina do Galo no vestiário em Goiânia não ouvia ninguém.
O mundo poderia mudar.
O Galo poderia virar líder.
O Amor venceria.
As namoradas do Galo ficariam felizes.
A ligação cósmica espiritual temporal não estava acontecendo... a chamada estava sem conexão, a internet estava sem sinal, o 5G chinês não funcionava. Terrível.
A capital de Goiás para quem não sabe, registra o maior número de torcedores do Galo no centro-oeste do Brasil. Povo de coração bom. São praticamente mineiros. Alegres e de riso fácil possuem alma superior. Impulsionam a máquina agrícola brasileira. Sustentando o país com sua produção de alimentos. Gerando riqueza e desenvolvimento para milhões.
Acontece que em Goiás é sabido que a maioria dos habitantes de uma forma ou de outra possuem ligação com as forças do além.
Foi assim que aos 10 minutos do intervalo, uma destas mensagens sobrenaturais chegou via Zap psicografado. A mensagem vinha do grande amigo Leonardo Faleiros. Morador e vice Rei de Goiânia. Léo além de genial no mundo dos negócio, nunca esqueceu do amigo mineiro e do seu Galo mais lindo do mundo. Na mensagem, ele informava que o destino de Keno e do time alvinegro estava prestes a mudar. E que tinha uma revelação a fazer.
Sim, Chico Xavier está torcendo para o Galo neste sobrenatural ano de 2020.
Li. Respirei fundo. Me me ajustei na arquibancada aqui de casa e respondi. “Muito obrigado meu amigo. Vamos virar.”
Enquanto isso nas profundezas do vestiário do Estádio Olímpico. O pequeno-gigante, o Maestro SãoPaoli, xingava a tudo e a todos.
Mesmo tendo escalado 3 zagueiros (incluindo o goleiro), 3 laterais, 3 meias e 2 pontas estávamos perdendo. Ele tinha decidido, iria colocar o Hyoran e tirar o Rever para tentar surpreender o inimigo.
Teria sido nosso fim.
“Com os espíritos não se brinca”. Dizia minha querida Avó materna. Dona Geralda ou Generalda, sempre acreditou no X-Man goiano. O senhor Chico Xavier.
X-Man estava ouvindo. Só precisávamos que a mensagem do Faraó Keno chegasse até a mente inabalavelmente surda do SãoPaoli. Evitaríamos da vaca ir para o brejo. Da areia movediça do deserto nos puxar para o além.
Na matemática moderna do argentino mais bravo e tatuado do futebol mundial, 2+2 pode resultar em 7 ou até mesmo 8 atacantes em campo.
Neste momento fatídico, como na batalha de Qadesh, antes de anunciar a substituição, os espíritos se uniram. Keno, the second + Chico Xavier, the first. E os milhões de devotos do Galo, empurraram a mensagem cripto-psicografada e a placa do árbitro reserva mostrou que quem iria entrar seria o Nathan. Guga, tiraria seu arco, e iria para o chuveiro mais cedo.
Um novo galo renasceu na verde grama do estádio em Goiás. Com alma renovada e um camisa 10 maravilhoso fomos para cima. De frente. Sem medo.
O empate não demorou. Pênalti em Nathan.
Nosso predestinado, Keno, agora com conexão sobrenatural. Pegou a bola sem pedir licença. Com espírito elevado e com X-man o informamando que o goleiro pularia para esquerda. Olhou para os outros 21 meros mortais em campo e pensou: "Vou deixar o goleirão sair na foto. Ficará mais emocionante". Lembrando das batalhas e de seus ancestrais nas areias do deserto, foi bateu com a confiança e a força que só os pre-destinados possuem.
O barulho da bola batendo no lado da rede foi ouvido em todo planeta. Keno saiu correndo alegre para comemorar. Todos no mundo real e no mundo sobrenatural gritavam gooollll.
Keno, The Second, agora, em frente as câmeras, gravava em hieróglifos digitais seu nome na história do Galo. O faraó alvi-negro ainda faria mais dois. A batalha não foi fácil. Terminamos ganhando por 4x3. E nosso Faraó Keno, The Second, levou o prêmio de melhor no campo de batalha.
3,000 atrás, em Qadesh, o pior também não aconteceu. Apesar das centenas de carruagens Hittites iniciarem o ataque contra Ramesses, a história do futuro se repetiu no passado.
A reza do Rei Sol foi ouvida. Os espíritos se comunicaram com uma legião de Ramesses que estava marchando pela costa, perto de Qadesh. As carruagens decidiram não mais marchar em conjunto com a infantaria. Saíram na frente. Frenéticos. Chegaram ao campo de batalha no momento exato que o faraó Ramesses precisava.
Os Egípcio, cercaram os Hittites. Ramesses rapidamente ordenou que os arqueiros atirassem flechas por cima de sua infantaria. Acertando os corações De milhares. Só restou para o povo de Hattusa bater em retirada.
A Batalha de Qadesh que foi vencida por Ramesses, também não foi de lavada. O Faraó Ramesses para sempre lembraria e passaria os ensinamentos daquele dia para seus descendentes.
A mensagem para futuras gerações é clara. Sempre tente surpreender seu inimigo. Mas não esqueça de que um pouco de sobrenatural, nunca faz mal para ninguém.
Hoje, daqui a pouco, iniciaremos mais uma etapa.
Desta vez para manter a liderança e nossos espíritos felizes contra os gaúchos do Grêmio.
Lutar, Lutar, Lutar. Esse é o nosso ideal.
Correspondente Internacional