Nesta semana, li uma ótima crônica do amigo Campos Sales. Glauco escreve em "um blog concorrente". Inovador, ele fez algumas contas interessantíssimas sobre a população mundial.
Com um texto recheado de informações e análises precisas, aborda o turbilhão de transformações vividas pela geração que nasceu no início do século XX.
Aqui está o início do texto: "De acordo com as estimativas mais aceitas da Population Reference Bureau (PRB), cerca de 117 bilhões de pessoas já viveram na Terra desde o surgimento do Homo sapiens, há aproximadamente 200 mil anos."
Não deixe de ler a crônica completa: Entre Mundos.
Que a população está crescendo, nós sabemos. Já somos mais de 8 bilhões. Mas quão rápido estamos crescendo? Qual será o número total no futuro dos nossos netos e bisnetos?
Existem duas vertentes sobre o futuro da população mundial. A primeira diz que o mundo vai explodir com a superpopulação nas próximas décadas. Vai ter gente por todos os lados. "Gente saindo pelo ladrão", como dizia minha avó. Previsões pessimistas apontam que a agricultura não conseguirá suprir a demanda. Teremos que descobrir novas coisas para comer. A China, por exemplo, deverá começar a importar nossos lindos pets e transformá-los em churrasquinho. Só assim para manter sua população sem se rebelar contra o "invisível" controle do Estado. Pelo lado positivo, teríamos menos apetrechos e bobagens para os Totós de todo o mundo.
No desespero caótico pós-moderno de superpopulação e falta de alimentos, apenas Brad Pitt e seus amigos sobreviveriam à falta de comida e água nos bunkers high-tech que estão sendo construídos na Califórnia e na Noruega.
A outra teoria sugere o oposto: que a população está diminuindo drasticamente, principalmente nos países desenvolvidos, e que estamos à beira de um colapso. Com a queda no número de bebês por casal, estudiosos afirmam que até as lojas de carrinhos infantis da Porsche podem falir. Pelo lado positivo, haveria menos "fura-filas" em aeroportos alegando prioridade de embarque "por terem filhos".
Com o colapso no número de bebês, teremos menos trabalhadores no longo prazo. Elon Musk, que não é bobo, será o primeiro trilionário do planeta vendendo robôs com inteligência artificial. Pena que esses mesmos robôs, em algum momento, criarão consciência, dominarão o mundo e transformarão os frágeis humanos em escravos.
No desespero caótico pós-moderno, apenas Brad Pitt e seus amigos sobreviveriam à escravidão em seus bunkers high-tech na Califórnia e na Noruega.
Chega de ficar pensando em um futuro que, se chegar, só virá daqui a 50 ou 100 anos... Vamos pensar e agir como os adultos, jovens e crianças de hoje. O que eles querem mesmo é aproveitar a vida. Viver o agora. It is now or never. Deixar a mente fluir e as ideias florescerem, com o único objetivo de postar nas redes sociais. Eles não estão nem aí para o déficit fiscal. Querem mesmo que o dólar exploda e chegue a 12 reais, como disse um advogado amigo meu. Vamos realizar nossos sonhos!
O problema que está complicando um pouco a filosofia hedonista das redes sociais é que, com tanta gente na mesma luta, o número de coisas que poucos ainda não fizeram e postaram está cada vez mais raro. Está difícil achar o raro.
Se você pensa que ir para um lindo bangalô no alto da montanha, em uma ilha acessível apenas por barco, com uma varanda gourmet, onde pode tomar banho na banheira de hidromassagem com vista para o mar, para depois jantar observando árvores e ouvindo o canto dos pássaros, é algo único? Esqueça, milhares já postaram. Como dizia minha tia: "Isso está igual bunda de fora na Sapucaí."
Chegaremos ao dia em que o fashion, o trendy, será um "novo" tipo de postagem. Será alguém em casa, descansando depois de um dia de trabalho, lendo um bom livro físico, deitado em uma rede na porta de casa, comendo um doce caseiro comprado em uma fábrica com mais de 50 anos de tradição, enquanto observa calmamente duas crianças brincando de pular na lama nova após uma boa chuva de verão.
Correspondente Internacional